Crime no Louvre: relembre outros casos emblemáticos de roubos a museus pelo mundo
Museu do Louvre é fechado após roubo de joias Criminosos levaram nove peças da coleção do Museu do Louvre, em Paris, na manhã deste domingo (19). A ação...

Museu do Louvre é fechado após roubo de joias Criminosos levaram nove peças da coleção do Museu do Louvre, em Paris, na manhã deste domingo (19). A ação no museu mais famoso do mundo chocou a França e chama atenção por ter acontecido em plena luz do dia: a invasão ocorreu durante o horário de visitação, com turistas no prédio. O crime ocorreu na Galeria de Apolo, que exibe joias da coroa francesa. Uma das peças, uma coroa com mais de mil diamantes que pertenceu à imperatriz Eugênia, foi achada em uma rua próxima ao museu, danificada. Este não foi o primeiro grande assalto a um museu pelo mundo, nem ao Louvre. Relembre, a seguir, outros episódios famosos. Mona Lisa no Louvre Em 21 de agosto de 1911, "La Gioconda", ou Mona Lisa, desapareceu do Louvre. A cobertura midiática que o roubo da Mona Lisa teve durante o tempo em que esteve perdida foi o principal motivo de sua fama mundial. Antes disso, muita gente nunca a tinha visto. Relembre todo o caso nesta reportagem 🖼️ O Louvre é o museu mais visitado do mundo. O local abriga mais de 33 mil obras, entre antiguidades, escultura e pintura. Mona Lisa, obra mais famosa do Museu do Louvre, em Paris Julia Demaree Nikhinson/AP Roubo no Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston É considerado o maior roubo de arte da história dos EUA. Trinta e cinco anos depois, o furto de 13 obras do Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston, segue sem solução. Nas primeiras horas de 18 de março de 1990, dois homens disfarçados de policiais entraram no museu dizendo que respondiam a um chamado. Eles dominaram dois seguranças, amarraram-nos com fita adesiva e passaram 81 minutos saqueando 13 obras de arte, incluindo peças de Rembrandt, Vermeer, Degas e Manet. As autoridades afirmam que as obras valem talvez até meio bilhão de dólares. Funcionários do museu dizem que são "inestimáveis", pois não podem ser substituídas. Algumas das obras, incluindo "A Tempestade no Mar da Galileia", de Rembrandt, foram cortadas das molduras. Essas molduras seguem vazias no museu até hoje. Molduras vazias de onde os ladrões levaram 'A Tempestade no Mar da Galileia', de Rembrandt, e 'O Concerto', de Vermeer, no Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston Josh Reynolds/AP Furtos em museus na Alemanha Em 2017, ladrões no Museu Bode, em Berlim, roubaram uma moeda canadense de ouro maciço de 100 quilos conhecida como "Big Maple Leaf". Acredita-se que os suspeitos quebraram uma vitrine de proteção e conseguiram tirar a moeda por uma janela do museu antes de fugir pelos trilhos de trem com o saque em um carrinho de mão. Depois de escaparem, as autoridades acreditam que eles cortaram a moeda, avaliada em cerca de US$ 4,3 milhões (mais de R$ 23 milhões), e venderam as partes. A moeda 'Big Maple Leaf', roubada do Museu Bode, em Berlim Marcel Mettelsiefen/dpa via AP Três homens, incluindo um segurança do museu, foram posteriormente condenados. Dois anos depois, ladrões quebraram vitrines no Grünes Gewölbe (Cofre Verde), em Dresden, um dos museus mais antigos do mundo, e levaram joias reais cravejadas de diamantes no valor de centenas de milhões de euros. As autoridades disseram que eles fugiram com três conjuntos de joias do século 18 considerados “inestimáveis” e impossíveis de vender no mercado aberto. Parte do saque foi posteriormente recuperada. Cinco homens foram condenados e um sexto foi absolvido. Visitantes na Sala das Joias no Museu Grünes Gewölbe, no Palácio de Dresden Jens Meyer/AP Photo Vaso sanitário de ouro Um ladrão que roubou um vaso sanitário de ouro de um palácio inglês foi condenado no início deste ano, junto com um cúmplice que ajudou a lucrar com a peça de arte de 18 quilates, segurada por quase US$ 6 milhões (R$ 32 milhões). A obra satírica, intitulada “América”, do artista conceitual italiano Maurizio Cattelan, fazia uma crítica à riqueza excessiva. Ela pesava pouco mais de 98 quilos. O valor do ouro na época era de US$ 3,6 milhões (cerca de R$ 19,5 milhões). O vaso furtado nunca foi recuperado, mas acredita-se que tenha sido cortado e vendido. Segundo os promotores, Michael Jones usou o vaso sanitário, que era totalmente funcional e único, enquanto fazia reconhecimento no Palácio de Blenheim — a mansão onde nasceu o líder britânico da Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill — no dia anterior ao furto. Ele descreveu a experiência como “esplêndida”. Ele voltou antes do amanhecer em 14 de setembro de 2019, com pelo menos outros dois homens armados com marretas e alavancas. Eles quebraram uma janela e arrancaram o vaso da tubulação em cinco minutos, deixando um alagamento destrutivo ao fugir em veículos roubados. A peça havia sido exibida anteriormente no Museu Guggenheim, em Nova York. O museu ofereceu a obra ao então presidente dos EUA Donald Trump durante seu primeiro mandato, depois que ele pediu para pegar emprestada uma pintura de Van Gogh. Vaso sanitário de 18 quilates intitulado 'América', de Maurizio Cattelan, no banheiro do Museu Guggenheim em Nova York AP O que aconteceu no Louvre neste domingo Segundo a polícia, os ladrões roubaram nove peças da Galeria de Apolo. Entre os itens haveria um colar, um broche e uma tiara, mas a polícia ainda não divulgou a relação de peças levadas. O ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, classificou o episódio como um "grande roubo". Ele afirmou que os criminosos roubaram joias de "valor inestimável" e que eram um "verdadeiro patrimônio". A operação durou cerca de sete minutos. A quadrilha de três ou quatro criminosos, segundo a polícia, conseguiu acessar o prédio por um canteiro de obras pela fachada voltada para o Rio Sena. Eles usaram uma espécie de guindaste, instalado em um caminhão, para chegar ao museu. E, então, pegaram um elevador de carga para chegar à galeria. Guindaste, motosserra, scooter: como foi o roubo, segundo a polícia Infográfico: onde foi o roubo de joias no Museu do Louvre, em Paris Arte/g1 Havia visitantes no museu no momento do crime (veja no vídeo abaixo). O prédio foi totalmente evacuado e permanecerá fechado durante todo o domingo. Vídeo de guia turístico mostra visitantes deixando o Louvre após o museu ser fechado